terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Procura-se esta blogueira desesperadamente



Por isso este blog anda um pouco abandonado.

Para quem quiser encontrar:
Livraria da Travessa
Rua 7 de Setembro, n. 54

domingo, 29 de novembro de 2009

A Maurício de Sousa, com carinho.

Hoje, através do Twitter, chegou até mim um link de uma carta de uma Sra., que se diz advogada, em protesto a uma notícia de Maurício de Sousa, criador da "Turma da Mônica", ter criado uma personagem gay na revista para adolescentes e adultos, da "Turma da Tina".

Eu fiquei realmente chocada com a quantidade de pessoas dando apoio às coisas que ela escreveu, e com os comentários preconceituosos.

Não é muito do meu feitio ficar comentando nesse tipo de site, mas achei por bem reafirmar algumas coisinhas que tinham sido escritas por pessoas sensatas que comentaram ali.



Aí vai meu comentário:

Estou ENOJADA com os comentários aqui contidos. Preconceito é CRIME! Impossível que uma senhora, advogada, estudiosa das leis (assim pretende-se), não saiba disso. O que direi aqui não é novidade e já foi supra citado, mas me parece conveniente reafirmar.

1- Vivemos num país Laico (essa frase já tá bem batida aliás).

2- Eu realmente não ficarei feliz se tiver um filho gay, mas não pelo fato dele ser gay, mas pelo fato dele viver num mundo com gente como essa Sra., que discrimina e provoca sofrimento. Meu filho será amado por mim independente de sua orientação sexual, assim como amo todos os meus amigos gays. E tenho até mais respeito por eles, que tiveram a coragem de se assumirem num país tão preconceituoso como o que vivemos.

3- Não é só o gay que contrai o vírus HIV. Infelizmente, cresce cada vez mais o número de mulheres, como essa Sra., que contrai o vírus dos maridos (bons samaritanos) que vão pra rua e pegam prostitutas doentes.

4- Séculos atrás as mulheres também sofriam discriminação, será que ela sabe disso?

5- Se os pais não querem que seus filhos leiam esses gibis, é fácil, é só não comprar. Assim como na minha casa será proibido que meus filhos escutem funk ou vejam Xuxa.

6- Tá na hora desse povo ler um pouco sobre diversidade.

7- Daqui a pouco quem será uma criminosa serei eu, por tanto nojo a estes evangélicos e católicos, começarei a escrever contra eles. O que vcs acham? Ainda usam o nome de Deus em vão. affff

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Li um post excelente sobre este assunto aqui.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Meu céu

Meu céu tá assim, tô com saudade, tô aliviada, bala de hortelã, comida mexicana, cinema, comida japonesa, não sei o que fazer, a torre, meu mundo, não me deixa, meu irmão, faculdade, livros, Eyolf, sonhos, carro, corro, fujo, o que fazer, seis, minha dupla, conta corrente, dormir, eu amo, amo, batata, praia, não dá sem sol, moto não, capoeira, você, secoia, folha, cabeça, mente, coração, amo, ponte, adeus, não me deixe só, você, você, eu, eu, eu... você.

(Este texto foi achado no meu antigo fotolog e é de 2006)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Habitué

Sabem aquela expressão “gato escaldado tem medo de água fria”? Pois bem... conheço bem como isso funciona.

As pessoas se acostumam tanto com certos modelos, certos estereótipos de pessoas, que quando topam em seu caminho com uma pessoa totalmente diferente, custam a acreditar que isso possa realmente ser verdade, que isso não é uma farsa da outra pessoa. E como se na cabeça desses tais gatos escaldados só existissem tipo de pessoas como aquelas com que estavam habituados a viver.

Não é possível que esta nova pessoa com quem toparam no meio da caminho seja diferente. E por isso incorrem nos erros, ou melhor, acabam errando com elas, por acharem que elas são iguais às outras.

Exemplo: a mulher que era casada com um canalha não consegue admitir que o novo namorado possa estar falando a verdade. Que o namorado é sincero, e que as amizades não passam de amizades. A tal mulher escaldada sempre vai procurar por algum erro do novo namorado sincero, e pode, por fim, comprometer uma ótima relação por falta de confiança, por estar acostumado com o errado. O que esses tais gatos escaldado precisam aprender é a confiar um pouco mais nas pessoas, recuperar um pouco da ingenuidade que lhes foi roubada.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Pessoas

Nesses últimos dias, talvez meses, tenho mudado meu conceito sobre as pessoas, a verdade é que realmente me surpreendi com algumas delas e até comigo mesmo... e tenho visto como nos enganos com nossas “primeiras impressões”, e não falo de alguém em específico, falo desta leva de pessoas que tenho conhecido por aqui e por ali.

Sabe aquela pessoa que você se apaixona logo de cara, e digo apaixonar não no sentido de um relacionamento amoroso, mas de se apaixonar pela pessoa em sua essência, e depois você vê que a tal “essência” não é bem aquela? Pois bem... talvez algumas dessas tenham me decepcionado... não a ponto de me machucar, mas de me entristecer.

Tem AQUELAS pessoas pelas quais você não dá um centavo e ao longo vai se mostrando espetacular.

E tem aquelas que nunca me decepcionaram, não posso dizer desde a primeira vista, porque essas tais pessoas estão na minha vida há tanto tempo que nem me lembro direito como foi a “primeira vista”...

Pessoas... ouvi certa vez uma coisa que muito me instigou: “As pessoas são viciadas em pessoas.” Mas será que conseguiríamos viver sem companhia? Sem ter com que repartir segredos, confissões, burradas, decepções e alegrias? Duvido!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Alguns anos atrás (ou Enxergue nas Entrelinhas)

O Grande Amor foi embora... percebeu que não dava mais, mas deixou assim escrito num pedaço de papel, em algum lugar escondido, e a mocinha só achou dias depois:

"Porque foste em minh’alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser."

A mocinha, cansada de sofrer, escreveu pro Grande Amor, que tinha partido, sem dar muitas explicações, levando no bolso alguns anos de amor mútuo, dizendo apenas: Não dá mais...:

"Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei
Eu te estranhei
Me debrucei
Sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
No teu peito
Teu pijama
Nos teus pés
Ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho

Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que inda sou tua
Só pra provar que inda sou tua..."

O Grande Amor, que partiu, levando no bolso alguns anos de paixão, alegrias e brigas, respondeu à mocinha:

"Vê se tem no almanaque, essa menina, como é que termina um grande amor
Se adianta tomar uma aspirina ou se bate na quina aquela dor
Se é chover o ano inteiro chuva fina ou se é como cair o elevador
Me responde por favor
Pra que tudo começou
Quando tudo acaba"

A mocinha e o Grande Amor continuam por aí, vivendo, cada um no seu mundo. A angústia não reside mais nos dois, no lugar brotam flores sempre que se encontram, o amor se transformou em algo maior que o mundo.

Por isso eu sempre digo: não subestime alguém que não quer mais dividir a cama com você, ele pode se tornar algo essencial na sua vida. Enxergue nas entrelinhas!

Este post foi posteriormente editado pela "autora" que anda com a cabeça na lua, e tinha esquecido da primeira parte.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Uma ida à biblioteca Lúcio Mendonça

Eu, estudante de Ciências Sociais, formanda, fazendo uma monografia sobre o pensamento social de Mário de Andrade e Roquette-Pinto acerca do folclore. Ando visitando inúmeras bibliotecas do Rio de Janeiro a procura de material para minha pesquisa.

Hoje foi o dia de eu conhecer a Biblioteca Acadêmica Lúcio Mendonça, da Academia Brasileira de Letras.

Horário? Depois do almoço! Fui andando do restaurante até a ABL, cheguei lá, portões fechados, como eu sei que tem dois prédios, fui até o segundo, o mais moderno, chego lá e procuro me informar, o segurança logo me fala “essa biblioteca é no outro prédio!”, mas como se eu passei por lá e estava tudo fechado?, “não, é um portão bem pequeninho, pode ir...”, então lá fui eu, passei a mão no portão e ele estava realmente aberto. Lá dentro, no jardim, estavam dois homens, perguntei se era ali a biblioteca e eles me disseram que sim. Um deles, mais tarde descobri seu nome, o Luiz Antônio, que estava lá terminando de dar suas pitadas (espero que a mulher dele não leia isso, ele me confessou que fuma escondido), foi logo me perguntando se eu queria fazer uma pesquisa e qual era o tema. Após os procedimentos normais: dar nome, identidade, deixar a mochila no guarda-volumes), Luiz já no elevador começou a puxa papo comigo, estava me dizendo da hipocrisia das outras bibliotecas de não deixarem os usuários entrarem com pertences, quando na verdade quem rouba os livros não entra pela porta da frente.


Chegamos à biblioteca, um lugar lindo, muitos livros (lógico, Náshara!) espalhados pela mesa, pessoas, todos funcionários, circulando pra lá e pra cá. Disse pra Luiz Antônio os livros e artigos que eu queria, ele foi logo me mostrando que estava trabalhando na organização das revistas que eu estava querendo e me mostrou o estado das revistas. “Sabe por que estão assim, caindo aos pedaços? Por falta de uso!” Achei curiosíssimo o tom de revolta dele, por tais exemplares não serem vistos e usados pelas pessoas.

Luiz me entregou as publicações que eu precisava, e foi logo procurar os livros que eu também iria precisar, mas não se passaram nem cinco minutos e ele me chamou. “Quero lhe mostrar como fazemos para classificar os livros.“ E me ensinou que quando procuramos um livro, após acharmos no cadastro, temos que ver o número de páginas, que facilita na hora da procura nas estantes. Ajudei-o a procurar os livros, fui vendo outros livros interessantes, e a vontade de pegar todos para folhear só crescia.

Enquanto procurávamos o papo ia fluindo, e Luiz ia me contando história de livros, de como pelas dedicatórias dos autores descobrimos relações de parentesco nunca imaginados, me mostrou que tal autor na verdade era primo de um outro. Desculpem a falta de memória dessa que vos escreve, mas foram muitas informações hoje.

Vi o primeiro livro de Ligia (sim é escrito com I e não com Y como teimam por aí) Fagundes Teles, com uma dedicatória e um bilhete dela para Manuel Bandeira, e uma foto que ela enviou junto. Nossa, como num simples bilhete continha tanta poesia. Vi um livro sobre Picasso, também não me recordo o nome do autor, com assinatura do próprio Picasso.

Em um certo momento Luiz disse “vou te mostrar uma coisa que não mostro pra qualquer um”, e me levou pra uma outra sala onde estava a coleção particular de Manuel Bandeira, lá abriu um armário e tirou a primeira edição d’Os Lusiadas de 1572, eu peguei com as minhas próprias mãos, não preciso dizer da emoção que senti! Logo depois ele me mostrou a primeira edição de Grande Sertão Veredas em papel de bíblia, em que só foram tirados 20 exemplares, todas assinadas por Guimarães Rosa. E assim foram surgindo obras e mais obras raras nas minhas mãos.

Quando eu saí daquela mágica sala, estava sentado na mesa em que eu estava pesquisando, nada mais, nada menos que o imortal Sérgio Paulo Rouanet. E Luiz fala “essa mocinha está fazendo uma pesquisa sobre Folclore e eu estava mostrando para ela agora a primeira edição da “Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios”.” Rouanet fez uma cara de ué e falou “Estou aqui me perguntando o que o Iluminismo tem a ver com o Folclore.” E eu “nada, foi pura curiosidade de ver obras raras.” E daí ele começou a me dar uma aula sobre Romantismo e Folclore, ali, sentado na minha frente. Ainda me perguntou onde eu estudava, o que eu pretendia fazer depois, e ficamos assim, conversando por um tempo. Depois ele se levantou, apertou minha mão e me desejou boa sorte. Não tenho dúvidas de que minha sorte anda muito boa!

Luiz ainda me ajudou um tanto, me mostrou mais várias obras, me deu aula de história, de como tratar um livro e disse: Os autores revivem sempre que lemos um livro deles. Pediu que eu falasse pras pessoas que a biblioteca está acessível para todos e lamentou que poucas pessoas fossem até lá.

Foi uma tarde espetacular, não poderia ser melhor essa minha tarde de terça-feira! A pesquisa? Não consegui muita coisa, mas valeu por todo resto. E amanhã estarei lá novamente!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Filosofia de butiquim

Eu sei lá o que está se passando na minha cabeça. Com essa história de querer ser adulta eu até começo a considerar a opção de viver de brisa. Porque, meus amigos, rapadura é doce mais não é mole não. Considero também a opção de mudança geral. Estou numa crise existencial, mas sabe que tô até feliz com isso? Acho que não existe ninguém nessa cidade a fim de discutir comigo sobre a vida. Papos filosóficos. Filosofia de butiquim, sacam? Vou daqui seguindo pra não sei onde, pensando em... sei lá, mil coisas.

sábado, 3 de outubro de 2009

Hoje eu explodi!

Hoje, depois de uma explosão digna de muito TNT misturado com RDX e Tetranitrato de pentaeritritol, cheguei à conclusão de que estou passando por uma das fases mais difíceis que já enfrentei na vida. Seria culpa do tão falado Inferno Astral? Não sei, mas se foi por isso tenho que bater palmas pro astral que ta conseguindo fazer desses dias um inferno caprichado na minha vida.

Não sou do tipo de pessoa que gosta de ficar contando desgraça, e muito menos fazer a brincadeira de quem está mais infeliz. Mas escrevo esse post a título de desabafo, pois não diria que explodi, mas sim que continuo explodindo... vamos aos fatos. E ah! Por favor, não sintam pena de mim, no final podem rir, porque pimenta nos olhos dos outros é refresco, e não quero deixar ninguém triste com minha história.

Os fatos:
Moro com minha mãe num apartamento alugado, alugamos esse daqui para ficar mais perto da minha avó que já está muito velinha, o ap é ótimo, grandinho, prédio antigo, e por isso, encanamento antigo. Cano de ferro, pronto!, entupiu de tanta ferrugem, vamos ter que trocar os canos de toda a casa. Liga pra proprietária, comunica o acontecido. Ela diz que vai resolver, demora mais de um mês nessa lenga-lenga e resolve passar o caso para o irmão engenheiro que vai ajudar financeira e tecnicamente (tecnicamente?) na obra. Enquanto isso eu e minha mãe estamos tomando banho no banheirinho de serviço. Chegam os pedreiros, dias pra quebrar todo banheiro, dias pra trocar os canos, dias pra ladrilhar (com um ladrinho chinfrim) o banheiro, mais semanas pra arrematar tudo e quebrar a cozinha, pintar... e nessa se vão quase dois meses... e cá estou eu, com meu quarto fedendo à tinta óleo e a porta que não fecha (como eles fizeram isso?) e ainda dizem ter mais dois dias de trabalho. Isso porque no meio dessa loucura eles fizeram inúmeras burradas do tipo: colocar o porta-toalhas de mão longe da pia! Enfim, digamos que a casa está um caos, e uma poeirada sem precedentes. Incluo aqui a observação de que meus amigos me comparam com a Mônica de Friends, então imaginem como estou me sentindo.

Fato: Tem um ano que tento fazer minha monografia da faculdade de Ciências Sociais, ia fazer no segundo semestre do ano passo, fiquei doente, do corpo físico e do coração, pronto!, isso foi o suficiente para não ter forças para escrever sequer uma linha. No começo do ano ainda tinha matérias pra fazer, e o coração continuava doendo, mas escrevi algumas coisas, no meio do ano mudei o tema da monografia e tive que recomeçar tudo. Por conta disso resolvi me dedicar integralmente à monografia, que pretendo entregar no fim do ano. Resolvi me dedicar, resolvi largar o trabalho, que me pegava bem mal, então não foi tão sacrificante largá-lo. Isso me leva ao terceiro fato.

Arrumei um namorado, e isso de fato é uma coisa maravilhosa que aconteceu nesses meses tão turbulentos! Mas ele mora há mais de 500 km de mim, não o vejo sempre, mas tudo bem. Mas não tão tudo bem em dias como hoje em que eu explodi e em meio aos soluços (por favor, leiam isso como uma cena mal feita de novela mexicana) o que eu mais queria era que ele estivesse aqui do meu lado. Enfim, sem trabalho, namorando à distância, o que acontece? Se eu saio com meus amigos todos os fins de semana, não tenho dinheiro pra ver o namorado, então prefiro sair às vezes, e ver o namorado. Mas também fico aqui sentindo falta das gargalhada, os sambas na Lapa, e os cinemas, e as peças de teatro que sempre acabavam num bar comendo batata frita. Enfim, fico aqui sentindo saudade. Mas vejam bem, o namorado foi a melhor coisa que me aconteceu nesse ano, não tenho a menor dúvida.

Conclusão: a obra (eterna); a monografia, que sei lá se consigo; a saudade do namorado e a falta dos amigos, chegar em casa e ver tudo sujo e fedendo a tinta, fizeram com que eu explodisse hoje. Não sei contabilizar por quanto tempo chorei, mas chorei bastante, tanto que minha mãe ficou nervosa, brigou comigo e acabou explodindo também (e ainda fiquei com mais essa: a culpa de ter pirado a minha mãe).

Isso foi apenas um desabafo, espero amanhã estar melhor. E sair com meus amigos. E se isso for de fato o inferno astral, eu tenho que segurar a onda só mais uma semana e depois acaba! Ufa!