sábado, 3 de outubro de 2009

Hoje eu explodi!

Hoje, depois de uma explosão digna de muito TNT misturado com RDX e Tetranitrato de pentaeritritol, cheguei à conclusão de que estou passando por uma das fases mais difíceis que já enfrentei na vida. Seria culpa do tão falado Inferno Astral? Não sei, mas se foi por isso tenho que bater palmas pro astral que ta conseguindo fazer desses dias um inferno caprichado na minha vida.

Não sou do tipo de pessoa que gosta de ficar contando desgraça, e muito menos fazer a brincadeira de quem está mais infeliz. Mas escrevo esse post a título de desabafo, pois não diria que explodi, mas sim que continuo explodindo... vamos aos fatos. E ah! Por favor, não sintam pena de mim, no final podem rir, porque pimenta nos olhos dos outros é refresco, e não quero deixar ninguém triste com minha história.

Os fatos:
Moro com minha mãe num apartamento alugado, alugamos esse daqui para ficar mais perto da minha avó que já está muito velinha, o ap é ótimo, grandinho, prédio antigo, e por isso, encanamento antigo. Cano de ferro, pronto!, entupiu de tanta ferrugem, vamos ter que trocar os canos de toda a casa. Liga pra proprietária, comunica o acontecido. Ela diz que vai resolver, demora mais de um mês nessa lenga-lenga e resolve passar o caso para o irmão engenheiro que vai ajudar financeira e tecnicamente (tecnicamente?) na obra. Enquanto isso eu e minha mãe estamos tomando banho no banheirinho de serviço. Chegam os pedreiros, dias pra quebrar todo banheiro, dias pra trocar os canos, dias pra ladrilhar (com um ladrinho chinfrim) o banheiro, mais semanas pra arrematar tudo e quebrar a cozinha, pintar... e nessa se vão quase dois meses... e cá estou eu, com meu quarto fedendo à tinta óleo e a porta que não fecha (como eles fizeram isso?) e ainda dizem ter mais dois dias de trabalho. Isso porque no meio dessa loucura eles fizeram inúmeras burradas do tipo: colocar o porta-toalhas de mão longe da pia! Enfim, digamos que a casa está um caos, e uma poeirada sem precedentes. Incluo aqui a observação de que meus amigos me comparam com a Mônica de Friends, então imaginem como estou me sentindo.

Fato: Tem um ano que tento fazer minha monografia da faculdade de Ciências Sociais, ia fazer no segundo semestre do ano passo, fiquei doente, do corpo físico e do coração, pronto!, isso foi o suficiente para não ter forças para escrever sequer uma linha. No começo do ano ainda tinha matérias pra fazer, e o coração continuava doendo, mas escrevi algumas coisas, no meio do ano mudei o tema da monografia e tive que recomeçar tudo. Por conta disso resolvi me dedicar integralmente à monografia, que pretendo entregar no fim do ano. Resolvi me dedicar, resolvi largar o trabalho, que me pegava bem mal, então não foi tão sacrificante largá-lo. Isso me leva ao terceiro fato.

Arrumei um namorado, e isso de fato é uma coisa maravilhosa que aconteceu nesses meses tão turbulentos! Mas ele mora há mais de 500 km de mim, não o vejo sempre, mas tudo bem. Mas não tão tudo bem em dias como hoje em que eu explodi e em meio aos soluços (por favor, leiam isso como uma cena mal feita de novela mexicana) o que eu mais queria era que ele estivesse aqui do meu lado. Enfim, sem trabalho, namorando à distância, o que acontece? Se eu saio com meus amigos todos os fins de semana, não tenho dinheiro pra ver o namorado, então prefiro sair às vezes, e ver o namorado. Mas também fico aqui sentindo falta das gargalhada, os sambas na Lapa, e os cinemas, e as peças de teatro que sempre acabavam num bar comendo batata frita. Enfim, fico aqui sentindo saudade. Mas vejam bem, o namorado foi a melhor coisa que me aconteceu nesse ano, não tenho a menor dúvida.

Conclusão: a obra (eterna); a monografia, que sei lá se consigo; a saudade do namorado e a falta dos amigos, chegar em casa e ver tudo sujo e fedendo a tinta, fizeram com que eu explodisse hoje. Não sei contabilizar por quanto tempo chorei, mas chorei bastante, tanto que minha mãe ficou nervosa, brigou comigo e acabou explodindo também (e ainda fiquei com mais essa: a culpa de ter pirado a minha mãe).

Isso foi apenas um desabafo, espero amanhã estar melhor. E sair com meus amigos. E se isso for de fato o inferno astral, eu tenho que segurar a onda só mais uma semana e depois acaba! Ufa!

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