sábado, 8 de dezembro de 2012

Já que a insônia resolveu me visitar

Já que a insônia resolveu me visitar, justo nesses dias em que minhas horas são poucas pra quantidade de coisas que preciso fazer, fiquei fritando na cama, de um lado pro outro, pondo meus pensamentos em ordem, mas alguns descambaram pra bagunça generalizada.

Estou contado os dias pra uma mudança tão radical, que às vezes não consigo saber se de fato será bom pra mim. Mudar de Estado não é nada simples, ainda mais quando eu vou deixar 99% das pessoas que eu amo aqui, no Rio de Janeiro. Sim, eu amo muita gente, mesmo porque amor pra mim não é uma coisa que acaba, é uma coisa que se transforma. 

Não consigo entender, quando dão como explicação para o fim de um relacionamento o seguinte: o amor acabou. Pombas! Amor que é amor de verdade não acaba! Se "acabou" foi porque nunca de fato começou. Às vezes a gente tende a achar que ama alguém, quando na verdade só tem uma necessidade estranha de ficar ao lado dessa pessoa, uma carência e coisas do tipo. Eu mesma já achei que amava alguém, mas descobri, depois de um tempo, que não era nada... que já tava passando. Em oposição, eu amei (amo) tanto, mas tanto, algumas pessoas, que me dói, profundamente, não saber delas, e essas que amo, e talvez não tenha tanto contato, são pessoas que eu gostaria de dividir minhas alegrias e minhas tristezas, contar as novidades. 

Eu amo os meus ex-namorados de uma forma tão engraçada e tão particular, que tenho medo que as pessoas não compreendam. Não é um amor de casal, mas também não é um amor de irmão. É um amor de conversa, um amor de cuidado.

Pode ser que me achem meio doida. Já ouvi muitas críticas a respeito dessa minha conduta, de querer ter contato com ex-namorados. Quando eu conto que no meu último aniversário, chovia canivetes e a única pessoa, além de mim e do meu namorado, que foi à comemoração, foi um ex-namorado, e que ficamos até as 2 da manhã conversando e conversando, as pessoas estranham. Mas eu tenho sorte de ter encontrado pelo caminho, amores que me entendem, me respeitam e confiam em mim.

Não posso negar, estou aflita, vou deixar aqui meus amigos-ex-namorados, meus amigos-amigos, meus amigos-irmãos, minha amiga-mãe. Amigos que eu amo tão intensamente que não sei ainda se suportarei ficar longe deles.

Isso tava na minha cabeça, tava precisando colocar pra fora. Espero que a insônia tenha sido expulsa de mim assim como transformei meus pensamentos nessas palavras.

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